sexta-feira, 6 de maio de 2011

Para os que acham que a energia sai do cu e para os que pensam que não é preciso pedalar se você tem uma bicicleta com um gerador na roda da frente e um motor na roda de trás

Nota: Todo mundo sabe que eu não sou especialista em rituais de conquista e sedução. Tudo o que eu postei aí pra trás, eu peguei no livro da Barbara e do Allan Pease. Eu fiz um resumão manuscrito numas folhas de A4 e guardei. Depois eu só transcrevi pro computador, adicionei umas piadas e postei.
Eu tentei seguir os passos no começo, mas eu não levo jeito.  
É, nem eu faço o que eu escrevi.
Se você, garota inocente, passou a me repudiar por achar que eu sou indiferente aos sentimentos femininos, era tudo mentira, eu não minto mais a partir de agora (O que já é uma mentira, então: Fi-ca a di-ca)

Hoje eu vou falar de outra coisa.


 Hidrogênio – O queridinho dos manés

Manés, o hidrogênio não é o próximo substituto da gasolina. Ou você acha que pra quebrar uma molécula de água você só precisa ter força de vontade, e nada mais?

O hidrogênio é o queridinho dos ativistas, pois ele tem uma particularidade muito interessante: Quando ele queima, o único produto é água. Enquanto a gasolina, por exemplo, libera, essencialmente, gás carbônico, que é um gás que contribui para o efeito estufa.

Então se seu carro queimasse hidrogênio, não sairia nenhuma fumaça preta pelo escapamento, só vapor de água. E isso deixa os caras do Green Peace, que já são naturalmente perturbados, com ereções.

O hidrogênio é aquele bichinho isolado no canto extremo esquerdo superior da tabela periódica. Ele é abundante na natureza e existe em uma caralhada de formas. Mas a mais popular é a “água”, pois é a uma das matérias primas do Uísque. E o Uísque é fundamental. 

Tabela de-tempos-em-tempos (A praça é nossa!)

Acontece que ele não é encontrado puro na natureza (não tão abundantemente quanto é encontrado em outras moléculas). Se você fizer um furo no chão, não vai brotar hidrogênio. Ele sempre está combinado com outros elementos e numa forma muito estável! Isso significa que você terá dificuldades de tirar o hidrogênio da molécula em que ele se encontra. E se você não tirá-lo de lá, ele não pode ser usado como combustível e os caras do Green Peace vão cortar os pulsos.

Os manés comumente usam o argumento: A água tem hidrogênio! Nós podemos separar o hidrogênio da água e teremos combustível inesgotável! Todos os oceanos à nossa disposição!

É... tem uma frase que exprime muito bem o que eu sinto ao ouvir esse absurdo. Ela é um tanto famosa e consagrada. Eu só dei uma modificadinha.

“Pai, foda com o cu deles, sem dó. Eles não sabem o que fazem.”

Vamos à introdução de uma lei muito popular na engenharia: “Lei da conservação da energia.”

Essa lei é apropriada para nossa conversa, pois estamos falando, como você já percebeu, de energia. O nome é auto-explicativo e diz tudo o que se precisa saber para entender esse texto.

Então, se você quiser tirar o hidrogênio da água, vai precisar de uma “certa quantidade de energia”. Comumente se usa energia elétrica, a mesma da tomada. Quando você fornece a energia elétrica à água, o hidrogênio sai da molécula na forma de um gás. O que acontece é que a energia elétrica que você usou, agora está contida na molécula do hidrogênio gasoso como energia química. Então é só colocar isso em um tanque, abastecer um carro a hidrogênio e sair por aí azarando as gatinhas.

Mas aí entra a verdade demolidora para arrancar lágrimas dos ambientalistas. Você precisa de uma energia “x” para tirar um quilograma de hidrogênio da água. Então, não importa o quão bem você aproveitar o seu hidrogênio obtido, ele nunca vai gerar mais energia do que “x”. “x” é o MÁXIMO de energia que você pode tirar do seu gás.

Fazendo e usando hidrogênio. Repita na sua casa. Tem gosto de frango.

Aí mora o problema: Pra produzir “X” de energia com a queima do hidrogênio, você precisou consumir “X” de energia elétrica, da sua tomada, para tirar o hidrogênio da água.

Entendeu?         (x=x   ok?)

E de onde você tirou essa energia elétrica? Pra fazer o seu hidrogênio limpinho e bonitinho? Que não polui, não tem cheiro e não solta as tiras?

PROVAVELMENTE DE UMA USINA TÉRMO ELÉTRICA QUE QUEIMA CARVÃO!

O meu exemplo é o que nós chamamos na engenharia de um “caso ideal”. É um caso fictício que nunca acontece na realidade. No processo de fabricação de hidrogênio, como em todo processo de conversão de energia na natureza, existem perdas (geração de entropia, para os íntimos). E isso significa que a energia que você gastou para fazer um quilograma de hidrogênio, nunca poderá ser COMPLETAMENTE recuperada, não importa como você aproveitar seu hidrogênio. 

E o que podemos concluir?

Que ligar seu carro diretamente na tomada é um procedimento mais eficiente do que usar a energia elétrica para produzir hidrogênio e, só depois, usá-lo como combustível para seu conversível. Você só precisaria de um cabo gigante.


Energia eólica – A solução da humanidade, segunda as professoras do ensino fundamental

E a energia eólica, né, cara? Ela é ineficiente e inconveniente. Pode ajudar, mas não vá pensando que instalando ventiladores no topo de todas as colinas do mundo, você resolverá o maior problema da humanidade.


Água – Beber será sua segunda maior utilidade & Energia hidroelétrica - Represas de lágrimas de estudantes de ciências sociais.

Ou você ainda acha que é a “falta de água” que preocupa os governos? Não, dude, é energia!

Problemas com a água preocupam principalmente por um ponto: Usinas hidroelétricas.

Quando são feitas as represas das usinas, morrem vários macaquinhos afogados, mas sem as barragens, países como o Brasil precisariam escravizar macacos para girarem as turbinas da usina e, assim, produzir energia elétrica.

Sem água a siderúrgica não funde aço.

Para os que não sabem, as usinas hidroelétricas funcionam aproveitando uma forma peculiar da energia vinda do sol. Resumidamente, o sol evapora a água do rio, faz uma nuvem e, então, o vento transporta a nuvem para algum lugar, e lá ela precipita (chove).

Quando a água precipita, ela vai parar em um rio. E então você usa a água que está descendo pelo rio para girar uma roda cheia de pás que está ligada ao um gerador elétrico.

A água não “vira” energia elétrica. Você só usa a energia mecânica da água se movendo pelo rio pra converter em energia elétrica, que é uma forma mais conveniente, pois você pode transportá-la em cabos por todo o país.

O papel do sol é só o de “pegar” a água que está no mar, evaporar, e torcer para que a nuvem precipite no lugar mais alto possível. Pois assim a água que chover terá mais energia disponível enquanto desce pelo rio, até voltar pro mar outra vez.

 
Com a ação do sol a água passa repetidamente por esse percurso. Se você não fala inglês, só veja as setas.

 
Então, quando a água que evaporou do mar se precipita em um lugar mais alto, ela desce pelo relevo, e em algum ponto do caminho até o mar ela é confinada em um reservatório cuja função principal é afogar filhotes de pássaro, cobras, filhotes de macacos e lambaris. Felizmente eles também acumulam uma grande quantidade de água, que permite um controle mais confortável e conveniente do fluxo pelas turbinas e, assim, pode-se produzir apenas a quantidade de energia demandada durante fases diferentes do dia.

A parte da conversão de energia pareceu complicada? Então vamos clarificar.

Faça como a Ashlynn Brooke, engula isso: Imagine a “energia” como uma coisa só (como ela, de fato, é), mas que está na natureza de formas diferentes. Por exemplo, a energia que sai da tomada da sua casa é a MESMA que sai da chama do fogão! Mas uma está na forma de calor e a outra vem do movimento dos elétrons por um fio. (Elas até tem a mesma unidade de medida.)

Por isso, nada impede que você use a energia da tomada para fritar um ovo, ou a chama do fogão para recarregar a bateria do seu computador.



Voltando à energia solar

Uma realidade dura é que nos dias de hoje nós não conseguimos aproveitar eficientemente a energia do sol. Isso se deve, exclusivamente, aos atrasos no desenvolvimento do MULTIVAC.

O sol é uma fonte de energia poderosíssima, que vem o tempo inteiro, ininterruptamente, mesmo que inevitavelmente. Mas nós ainda temos problemas em converter a energia solar em alguma forma conveniente, como a elétrica.

Ou seja, nós recebemos a energia do sol, mas só conseguimos aproveitar uma pequena parte. Isso torna coisas como os painéis solares uma alternativa para casos extremos, onde outras fontes de energia não conseguem chegar.

Essa placa transforma a energia solar diretamente em energia elétrica, que pode ser transmitida por um fio até para o inferno, se você quiser. Na verdade, somente alunos de graduação em engenharia compram placas desse tipo. Dados precisos comprovam que 100% das células solares vendidas no mundo são adquiridas para confecção de trabalhos de conclusão de curso em engenharia. Esses trabalhos não têm validade científica, então os avaliadores da banca já se acostumaram a ignorar isso, e eles nem se sentem culpados, naturalmente. Deviam ensinar nas escolas que você não é  "Cool" por fazer trabalhos com célula solar. Você não é descolado nem visionário, mas sim... um otário.

Estes painéis são caros e pequenos. Por isso, diante dessa realidade pau-de-tarado, a única maneira de aproveitar massivamente a energia do sol é com usinas hidroelétricas mesmo. A evaporação da água é lenta e ineficiente, mas é extremamente abundante. Nesse exato momento, existem caralhões de litros de água expostos ao sol e, por isso, há um enorme volume de água se evaporando e sendo transportado pelo vento para lugares mais altos.

Sacou?

Bem, vamos para o momento Mônica Mattos. Tem mais algumas coisas para vocês engolirem.

           A solução energética para o mundo será, inevitavelmente, a exploração de usinas nucleares. E isso faz com que TODOS os estudantes de engenharia ambiental chorem antes de dormir.

A energia nuclear é limpa e poderosa. Engula isso. Você consegue extrair muita energia de uma quantidade ínfima de material radioativo. Você está convertendo matéria em energia, cara! 

As usinas são pequenas, silenciosas e não poluem (diretamente)! Em condições normais, o material radioativo nunca entra em contato com o ambiente. Ele é fissionado em um dispositivo fechado e o calor resultante da reação é utilizado para evaporar água e girar uma turbina. A água desse ciclo nunca entra em contato com o ambiente. Ela nem se quer precisa ser substituída. O vapor, após girar a turbina, é resfriado, volta a ser água, e entra no ciclo outra vez.

          Nessas horas eu tenho vontade de empalar boa parte das professoras do ensino fundamental. São elas as mandantes daqueles painéis onde as crianças colocam cartazes de cartolina com frases e imagens apedrejando as usinas nucleares e, ao mesmo tempo, fazendo parecer que cata-ventos no topo de uma montanha resolverão todos os problemas respiratórios do país.

         Que fique registrado aqui: Se você, professora, já promoveu esse tipo de merda, desejo, com todo o respeito, que você vá tomar no cu.



                Segurança com material radioativo?     

A questão da segurança nas usinas nucleares pode ser perfeitamente trabalhada. A engenharia não está aqui só para construir fornos de pizza no campus da faculdade, como fazem os arquitetos. Os engenheiros trabalham para achar soluções para problemas reais. 

       O homem já foi pra lua, cara! Com um foguete com um sistema de controle primitivo! Mas que carregava uma intensa carga de conhecimento aplicado.

        Que fique claro que a energia nuclear não será utilizada exclusivamente para provocar os emos, mas por que não haverá outra opção!  O mundo precisa de energia e em algum tempo não haverá de onde tirar.

        Quando esse dia chegar, eu cagarei na minha mão e esfregarei na cara de um ativista do Green Peace.  

Mas no dia anterior, farei questão de comer bastante plutônio.




Hasta la baby!

Não se esqueçam de comentar!!!