segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A honestidade dos brasileiros e a política: O maior clichê das crônicas.

       
          Depois de dois Big Bangs sem postar, resolvi tirar as aranhas desse blog. Andei sem inspiração por muito tempo. Tentei escrever uma caralhada de textos, mas nenhum foi até o final. Geralmente eu me toco logo no primeiro parágrafo se o texto vai ficar bom ou não. Se eu não gostar do começo, paro por ali mesmo.

          Eu já não tenho mais bagagem pra escrever sobre ‘rituais de conquista e sedução’. Mas isso não é motivo de surpresa, pois quem me conhece, sabe que tudo o que eu escrevi foi pego de livros e que eu estou longe de ser o comedor que aparento ser em alguns posts.

          Mas não acho que a falta de assunto tenha sido a real causa da minha temporada fora do blog. Como tudo que acontece na minha vida, acredito que esse evento também esteja envolvido com a salada de antidepressivos que eu uso.

          Pois bem...

          As eleições me despertaram umas idéias de textos. Isso sempre dá pano pra manga. É uma época que dá um nó na consciência dos brasileiros. Eles vão dar a alguém o dever de cuidar do Brasil por 4 anos.

Essa pica não é mais minha... Essa pica agora é do aspira.

          Mas, porra... Esse assunto já virou clichê de blog. Todo mundo fala dessa merda. E todo mundo acaba entornando o assunto pra honestidade duvidosa do brasileiro. Uma avalanche de evidências com o único objetivo de esfregar na cara do leitor que ele também tem uma parcela de culpa na merda que se encontra o Brasil. 

          Já não basta o Jabor vomitar aquelas coisas no Jornal Nacional, ainda tem mais os caras dos blogs pra adicionar um pouco mais tempero nesse monte de bosta? 

          ... Mas eu não poderia ficar fora dessa sensação do verão, não é? Não poderia deixar passar essa égua arriada, sem deixar de adicionar minhas colocações nesse pão sovado.

          Bem... Vamos começar com a baixaria.

          Você já deve ter recebido correntes com textos falando algumas verdades sobre a honestidade do povo brasileiro, não recebeu? E tenho certeza que você passou pra frente, não passou?

          Isso que eu vou falar já está batido, mas aqui no Brasil as pessoas insistem com a idéia de que os políticos são ladrões, mas que o resto da galera que mora aqui é honesta! Tudo gente fínis, gente helps, strognófica. Só os filhos da puta lá de Brasília que fazem merda. Que não conseguem se segurar ao ver um rio de notas de 50 escoar por entre seus dedos. Apesar de ser comum ouvir alguns revoltados contradizerem isso, essa ainda é a idéia que predomina na cabeça dos brazucas. 

          Pois então, motivado por esse contexto, vamos recorrer à técnica preferida dos sem-vocabulário: O exemplo.

          Depoimento: "... Ah, mas eu sou muito honesto! Outro dia eu fui à padaria comprar pão e a moça do caixa me devolveu o troco errado! Quando eu estava saindo do lugar, percebi que ela havia me dado uma moeda de 50 centavos a mais. Mas mais do que rápido eu voltei lá e, educadamente, disse a senhorita que ela havia se enganado. Ela ficou desajeitada, mas logo se tocou de seu desleixo e pegou de volta a moeda."

          ... "Saí de lá de cabeça erguida e celebrando essa minha rara habilidade: A honestidade!"

          ... "Eu sou o tipo de pessoa que o Brasil precisa!" 

          Legal, hein, campeão? Coisa lida de ver! Foi lá e devolveu a moeda.

          Eu queria ver se ao invés de 50 centavos, ela tivesse se enganado em 50 milhões de reais: "Sem querer" ela te deu várias malas lotadas de pacotes de notas de cinqüenta (ou barras de ouro, que valem muito mais do que dinheiro).

          E aí, meu filho? Você voltaria lá?

          ... Diria: "... Senhorita, eu te dei 10, era pra você me devolver 8. Acho que você se enganou em 49.999.992 reais, não?"

          Vamos "supor" que você ainda fosse confortado por uma justiça ineficiente e que suas chances de se fuder por conta do oportunismo fossem muito pequenas. E aí?

          Dear motherfucker, não me venha com moralismo, mas acho que você vai ter dificuldades de encontrar alguém aqui nesse país que vá ignorar a oportunidade de ganhar alguns milhões sem fazer nada. Nada!

Nada!

          É a mesma coisa com o político, cara. Todos os dias ele vai ver passar muita grana por baixo do nariz dele. E ele pode roubar um pouquinho e com pouquíssimos riscos. A chance de dar merda é muito pequena, Capitão. É o famoso empréstimo pra nunca mais que o Chaves já praticava a muito tempo. 

          Desse jeito fica foda, né, parceiro? 

          Como só brasileiros podem se candidatar a cargos políticos no Brasil, então essa merda vai continuar indefinidamente. E poucos são os que têm razão ao reclamar dos governantes. 

          Não bote esperança na nova geração de malandros que tomará as rédeas do país no início do ano. Muito pouco vai mudar.

          ... E ainda têm os idiotas que, em época de pré-eleição, se agarram a um candidato e praticamente dão o cu por ele. Brigam, xingam e saem na porrada por conta dos manés em quem eles pretendem votar.

          Porra! Você acha mesmo que algum deles é muito melhor do que o outro? 

... Away.              
                                                               
Bruno A.

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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Balada


Balada foi um pseudônimo criado por algum espírito de porco para definir um claustro aonde as pessoas vão para dançar (ao som de música eletrônica), beber e exibir suas roupas e parceiros.

Trata-se de um neologismo retardado que exprime muito bem a mentalidade e personalidade de grande parte dos freqüentadores desse tipo de ambiente.

O termo balada é, na verdade, atribuído às músicas lentas e melosas, e não tem nada a ver com a batida característica da música eletrônica.

Centenas de pessoas passam por uma mesma balada durante uma mesma noite. Todavia, tomando com base suas semelhanças, é possível isolar menos de uma dezena de perfis diferentes. Tal realidade contrasta ironicamente com a filosofia exaltada pelos jovens de que estes são “diferentes”.

Os diferentes perfis dos baladeiros


1º - O nerd:

Pode ser percebido a vários metros de distância. Enquanto dança fica evindente o quanto ele “duro”. Sacode o corpo de um lado para o outro num requebrado digno de um astronauta.

Ele tem vergonha de ter sido abençoado com a nerdice, por isso, tenta a todo custo fingir ser normal.


2º - O feio corajoso:

Ele é feio e estranho, mas não tem a mínima vergonha na cara. Aborda todas as mulheres como se as conhecesse desde o jardim de infância.

É só alguma garota passar por perto que ele logo pula para cima. Projeta seu corpo para frente e fala bem perto do rosto, forçando-a esquivar-se como o Maguila deveria ter feito (mas não fez) com o Mike Tyson.

Apesar de agir confiantemente (como os homens devem fazer) ele quase sempre acaba a festa com score 0.


3º - O rockeiro:

Ele sempre anda com seu cartão de visita no peito: Uma camiseta da sua banda de rock favorita.

Essa atitude tem dupla intenção. A primeira é a tentativa de chocar as pessoas que o olham. Ele realmente acha que gostar de Iron Maiden apavora as pessoas. Que ele é aterrorizante. Que faz tremer as pernas dos baladeiros como um Panzer fazia tremer as de um Yankee. 

A segunda é atrair adeptos da mesma filosofia. Outros que gostem da mesma banda.

Geralmente não dança, fica parado na rodinha com outros amigos exatamente iguais (cabelo grande e camiseta preta de uma banda de rock) olhando para outras pessoas enquanto bebe whisky.

Depois da balada eles vão para casa de algum deles e continuam a beber até perto do coma alcoólico.


4º - O fortão:

Esse também pode ser reconhecido a vários metros. Principalmente por sua largura avantajada.
Como o nome sugere, ele é forte como um boi, alguns são carecas e todos usam uma grossa corrente de aço inoxidável no pescoço.


São quase tão tímidos quanto os nerds. O que pode ser explicado por sua insaciável vontade de ficar forte, que nada mais é do que um reflexo de sua insegurança. Ele, a todo custo, quer influenciar sua aceitação pelas pessoas antes mesmo de conhecê-las. E faz isso lançando mão da geometria de seu corpo.

Não tem habilidade com palavras e o volume de seu corpo, assim como sua oratória, lembram muito a criação do Dr Frankenstein.

Seu score (ainda assim) é mais alto do que o do feio corajoso, graças às Marias Potenay.


5º - O “carinha”

Esse é o rei da balada. As características de seu perfil os tornam ainda mais singular do que os anteriores.

Eles usam camiseta de gola pólo (SEMPRE) com um brasão estampado no lado esquerdo. 


Para os que não sabem o que é um brasão

Pode haver casos de existir um número nas costas ou até mesmo um segundo brasão. Quando números, os mais freqüentes são 69 e 88.

69 faz referência a uma famosa posição sexual que possibilita mútuo sexo oral entre os praticantes.

88 quer dizer HH, que, por sua vez, quer dizer Heil Hitler. Uma saudação ao Führer que ironicamente latinos orgulham-se em carregar estampado na própria roupa.


 Você é latino e o Fuhrer não gosta de você

Os carinhas têm cabelo grande e liso. Isso os força a freqüentemente levar a mão ao cabelo para tirar os fios que se projetam sobre os olhos. Comportamento muito semelhante ao de uma mulher demonstrando interesse por um homem. E que de maneira alguma deveria ser manifestada por alguém que tenha de 10 a 20 vezes mais testosterona que uma mulher.

Não importa a idade, eles sempre aparentam ter 17 anos e não tem barba. Detalhes que mostram como o perfil ideal de homem migrou de um “Macho apto a sustentar a prole” para “Uma amiga com pinto” em poucas dezenas de anos.

Quase todos têm bastante dinheiro e crêem que as notas de cinqüenta reais minam das carteiras de seus pais. A idéia de que é preciso trabalhar para ganhar dinheiro é, para eles, legendária.


6º - “Pseudo carinha”

Com o comprovado sucesso dos carinhas, imitadores surgiram com a ambição de tornarem-se tão catadores quanto os verdadeiros.

É a lógica simples da natureza. 



a)    Toda cobra sabe que os sapos venenosos são cor de abóbora

b)    Você é uma cobra e não quer morrer, logo não comerá os sapos cor de abóbora

c)    Eu NÃO sou um sapo venenoso, mas quero sobreviver

d)    Então pintarei meu corpo de cor de abóbora

Eles usam a famigerada camiseta de gola pólo com o brasão, e, em alguns casos, um corrente de aço inox semelhante à utilizada pelos fortões.

Andam em grupos de vários elementos, como num cardume. Todos exatamente iguais. Mas, diferentemente dos originais, não há nenhuma mulher junto. 

Eles NÃO têm a mesma auto-estima, desenvoltura e conta bancária dos originais. Isso diminui a efetividade de suas abordagens para valores insignificantes.

Suas razões de sucesso são tão baixas que tornam difícil entender por que sacrificam sua reputação, vestindo-se como idiotas, sem nem mesmo conseguir catar alguém. 


Os diferentes perfis das baladeiras


As baladeiras apresentam menos variações de perfil. Os homens apelam mais intensamente para a busca de parceiras. Suas inseguranças e ansiedades se refletem na maneira acentuada com que insistem em demonstrar presença. Seja usando camisetas pólo, seja usando camisetas do Symphony X.

Sendo assim, as mulheres freqüentadoras de uma balada podem ser diferenciadas numa pequena quantidade de castas.


1º - As Coroas

Mulheres de idade avançada que, exatamente por isso, não perdoam ninguém. Pode ser nerd, rockeiro ou qualquer coisa. Se depender das titias, elas se envolvem com qualquer coisa que tenha pinto.


2º - Deslocadas do conceito corrente de beleza

Estas estão encalhadas desde a revolução francesa. Andam em grupos de exemplares semelhantes. Topam qualquer coisa, mas, ainda sim, costumam dar eventuais foras nos feios corajosos. Provavelmente sentem-se evadidas e os ignoram. Uma oportunidade imperdível de dar uma esquentada na auto-estima.


3º - Patys

São as namoras e ficantes dos carinhas. Tem semelhanças gritantes entre si, mas difíceis de serem isoladas.

Uma confusão muito semelhante entre as pessoas que tentam definir o rock progressivo. Todo fã sabe quando uma música é progressiva, mas não consegue dizer que detalhes em especial o fizeram acreditar nisso.

Todas são realmente muito bonitas, mas não posso fazer nenhuma colocação sobre suas personalidades e inteligências. Nunca conversei com nenhuma delas. (Sou um misto de rockeiro e nerd, o que me impede de conseguir contatos com esses afamados exemplares).
              
Se eu tivesse que chutar, diria que elas são extremamente burras, mesquinhas e frívolas. Não por que tive  evidências disso, mas por simples revolta por não pode catar alguma delas eventualmente.


Hasta o/

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sexta-feira, 16 de abril de 2010

As gostosas e os estudiosos

A ida ao supermercado

No início dessa semana fui ao supermercado comprar umas porcarias. Chocolate e alguns produtos de limpeza. Coisas fundamentais para um estudante.

Gosto de chocolate, e, por ser época de páscoa, pensei em comprar um ovo de chocolate e dar de presente pra mim mesmo.
Mas eu não tinha idéia de quanto essas merdas eram caras. Mais de vinte mangos um ovo de 150 gramas!

O chocolate parece ser um dos industrializados que mais tem seu preço influenciado pela geometria. Uma barra de chocolate de 160 gramas é 6 vezes mais barata que um ovo de páscoa de 150.

Motivado por essa dura realidade estatística, resolvi comprar uma barra comum. O paralelepípedo parece ser a forma mais barata do chocolate. Custa coisa de 4 mangos uma barra de 160 gramas.

Mas, sabe, eu até entendo por que os ovos de páscoa são tão caros. Vou defender os fabricantes.

Eles são ocos e tem uma embalagem que mais parece a fantasia de carnaval da Luma de Oliveira. Isso ocupa muito espaço. Uma careta cheia de ovos de páscoa deve ter 300 quilos de chocolate. Enquanto a mesma carreta de barras deve carregar 4 toneladas.

O coelhinho da Páscoa é uma lenda

Como estamos em época de páscoa, nada mais oportuno que o próprio coelhinho da páscoa. Mas eu nunca acreditei que ele existisse. E para alertar as crianças, fiz uma seleção de argumentos que parecem indicar que ele é uma lenda.

1º - O ovo é muito sensível: Mesmo tendo seção transversal mecanicamente muito estável (circular) a tensão na cloaca do coelhinho iria implodir o ovo. Seria como apertá-lo com as mãos. Em outras palavras: Por mais arrombado que fosse o cu do coelho ele iria destruir os ovos no instante em que os botasse.

Pode até ser que, aqueles pequenininhos que você ganha no jardim de infância, possam ser botados por um cu normal.


 Mas olha esse aqui

2º - O ovo é bi-partido: Tipo, para fazer isso o coelho teria que ter uma lâmina muito afiada em algum lugar do reto. E a evolução não costuma agregar aos seres recursos desse tipo.

3º - Eles vêm com brinquedos dentro: Essa foi a pior. Eu não conseguia imaginar como o coelho poderia colocar um carrinho da Hotwheels dentro do ovo antes de ele sair pela bunda dele.

Ele não existe, pirralho.

(...)

Na fila do caixa

Bem, na fila do caixa me deparei com uma coisa interessante. A playboy da Cacau que participou do BBB.

“A delícia que enlouqueceu homens e mulheres no BBB 10”

Depois de alguns passos vi a VIP. Também da Cacau.

“Cacau - A doce delícia do BBB 10”

Delícia, delícia...

Hum. Quando li, pensei comigo: “Como eu me sentiria se visse que as pessoas têm dificuldades em encontrar adjetivos para me descrever?”

Delícia e delícia. Tipo, nem pra acharem outra qualidade. Alguma coisa mais nobre. Quem sabe “Nobelista Cacau” ou “Phd Cacau”.

Tá certo que “delícia” foi só um trocadilho com o fruto do cacauzeiro. Mas, na real, cacau é uma merda. É amargo e não tem gosto de chocolate. Mas não se pode esperar muito de uma revista feita para punheteiros.

As gostosas, a lei da compensação natural e a frustração da bunda murcha

Não sei se é o caso dessa garota, pois não assisto o BBB, pode ser que ela seja inteligente, mas eu imagino que ser lembrado apenas por seu corpo deve ser uma realidade muito frustrante.

E não podemos nos esquecer da lei da compensação natural. Ela é implacável.

“As intensidades das qualidades de uma pessoa apresentam espalhamentos discretos”

Em outras palavras: Se você é bom cantor, tudo indica que será mau carpinteiro. Ou se você tem uma bunda gostosa tudo indica que não tem muita habilidade com matemática.

Haha. Mas você pode dizer que eu estou com inveja do sucesso dela ou inveja dos caras que estão comendo-a. Bem, para isso eu já tenho uma resposta preparada.

É claro que tenho inveja!!! Se ela estivesse aqui na minha cama agora eu não estaria escrevendo esse texto. Aliás, eu nem teria esse blog e provavelmente não seria seu amigo. E também não estaria comendo farinha de tapioca com mel.

Bem, talvez eu até estivesse comendo farinha de tapioca. Não dá pra saber.
Mas, ainda assim, eu imagino que deve ser muito frustrante viver em função da gostosura da sua bunda.

Enquanto ela está túrgida e elástica deve ser uma beleza. Ela deve lhe render muita felicidade. Mas quando chegar aos cinqüenta você terá que aceitar que sua bunda estará enrugada e murcha. E o pior, que todos os machos não estão te comendo, pois estão ocupados com outras mais jovens e bonitas.

Essa última parte deve ser a pior. Não há coisa mais irritante para uma mulher do que perder um macho para outra mulher mais bonita. Isso desperta nela a Cólera do Dragão do Shyriu.

(...)

Eu só não entendo essa vontade que todo Nerd sente em querer justificar que sua vida de estudos é mais nobre do que a vida do resto dos cidadãos. Ele tenta provar que suas incapacidades sociais são, na verdade, dádivas divinas. Que ele não consegue comer ninguém, mas que isso é muito bom Que seu estado é um pretexto que lhe dá o poder de resistir aos prazeres carnais.
Lorota!

Hasta o/

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Mulheres: Maquinas de sentimentos que forçam os homens recorrerem aos algoritmos

Se existe um bicho que não tem nenhuma inteligência emocional esse bicho é o Nerd. Incapaz de se socializar ele parece já estar conformado com o fato de morrer solteiro. Afinal de contas, algumas pessoas têm que viver em função da humanidade, não é? Você se sentiria realizado ao ver um programa de computador feito por você ajudar milhões de pessoas. Corrija-me se eu estiver errado.

Enquanto você se mata codificando em C, a “humanidade”, razão da sua vida, está transando. Tá certo que quando o programa compila (e funciona) você sente algo próximo a uma ejaculação, mas isso não justifica sua vida em cárcere privado (e voluntário).

As tentativas de sociabilização de um Nerd são frustradas e ele sempre se vê como um peixe fora d’água. Pergunte a um deles como se sente em uma balada e ao mesmo tempo em que se embaralha na explicação atropele-o com a seguinte observação: “Se sente como se fosse um analfabeto numa aula de português?” E ele dirá: “Bingo!”

Analfabeto é a palavra que melhor o descreve. Um analfabeto das linguagens sociais. Ele é incapaz de entender as sutis mensagens transmitidas de forma não verbal. Como pode um programa de computador funcionar sem uma escrita clara? (Essa será a comparação que ele fará). Como pode uma função ser chamada sem que se escreva seu nome e argumentos de forma rigorosamente exata? Uma função não se executa por que teve a intuição de ter sido chamada, não é?

Ele não consegue entender como aquela garota estava ali dançando foi abordada por um rapaz e começaram a se beijar em 10 minutos de conversa. Aliás, acho que ele nem se dá ao trabalho de tentar entender. Assume como cotidiano.

A impressão é que as coisas acontecem aleatoriamente durante a festa e que todos são atores contratados pela KGB para confundir sua cabeça. Eles estão fazendo um teste para descobrir se você é capaz de fazer um algoritmo desses acontecimentos, não é?

Hum, você precisa de ajuda.

Habilitação à sociedade: Um guia de rituais de sedução e conquista para um Nerd

O que mais assusta o Nerd em uma situação social é o desconhecimento da linguagem usada nessas ocasiões. Não é C++ nem Java (Se pensou em Assembly também errou).

Como qualquer homem, um Nerd também tem de 10 a 20 vezes mais testosterona que uma mulher. Resultado: Sua vida também é propelida por sexo. Não que ele transe, mas qualquer tentativa de sociabilizar-se será motivada pela possibilidade de sexo.

Quando se depara com uma mulher interessante ele é tomado por uma sensação de insegurança: Como eu poderia abordá-la? Seria suicídio, loteria, uma roleta russa com seis balas. Ela nunca iria quer nada comigo. Vou ficar aqui mesmo com a minha Coca-Cola.

Não saber o que a mulher pensa sobre ele contribui em 90% para que jamais se atreva a tentar conversar com ela.


Habitue-se aos seguintes passos


1- Tenha um mínimo de vaidade

Não pense que mulher nenhuma se sentirá atraída por você e que por isso você continuará usando suas camisetas de propaganda política ou de encontro da família. Tenha um mínimo de vaidade. Imite os playboys. Use camisetas com estampas em auto-relevo e capriche no cabelo.

Uma tendência natural: As pessoas costumam buscar parceiros de beleza equivalente, ou seja, não buscam nem muito mais bonito nem muito mais feio do que elas mesmas. Isso lhes dá mais conforto, ter ao lado uma pessoa muito bonita é arriscado. Ela pode querer buscar coisa melhor.

É claro que existem casos a parte, de pessoas muito feias que tem parceiros estonteantes. Mas certamente essas pessoas, ainda sim, têm uma auto-estima intocável e esse não é seu caso.

Então, não se preocupe, seja qual for a balada ou o quanto você for feio, sempre haverá uma ou outra garota que poderá se interessar por você.

Se estiver sem jeito, coloque a mão esquerda no bolso e segure um copo com bebida com a outra mão. Isso será duplamente bom: Além de ser uma posição universalmente usada pelos homens, o álcool diminuirá sua ansiedade. Só não fique de porre, tome o suficiente para relaxar os músculos (e não paralisá-los).

Dica: Se quiser realmente botar para derreter em todos os sentidos, comece a fazer academia. A atração natural que muitas mulheres têm por músculos é historicamente evidente. Nada como um homem bem humorado, autêntico e com braços fortes para provocar os instintos mais primitivos de uma dama. Não precisa ser um boi. Alguns centímetros de bíceps a mais que a média já lhe darão uma boa ajuda.


2- O primeiro passo

Ah! Agora fudeu, não é?

Eu não tenho a mínima idéia sobre o que se passa pela cabeça dela. Ela parece ser introvertida e tímida, seria meu par perfeito, mas além de ser a única na festa com essas características ainda terei que lutar contra as estatísticas? Se for assim que as coisas funcionam terei que ir a 1000 festas para obter um único sucesso. Vou voltar para meu compilador.

Take it easy. Check it out.

Seria perfeito se ela desse o primeiro passo, não é? Chegasse e te lascasse um beijo até que seus pulmões parassem de funcionar.

Bem, a boa notícia é que elas quase sempre dão o primeiro passo. A má notícia é que não é com um beijo que elas costumam mostrar interesse.
As pesquisas dizem o que todo homem ja sabia (sem saber): Em 90% das ocasiões onde acontece um contato íntimo entre homem e mulher, quem dá o primeiro passo é a mulher.

Putz? Eu nunca vi nenhuma mulher atravessar o salão e abordar um rapaz tímido dizendo: “Sabia que você é lindo?”. Sempre vejo o inverso.

Acontece que se um homem abordou uma mulher, ele o fez motivado por sinais que partiram dela.

Alguns homens percebem quando elas estão sinalizando, outros simplesmente as abordam sem saber que foram induzidos a fazê-lo. Há outros que atiram as cegas e abordam todas. Esses são do IBGE e lutam contra as estatísticas.

Como elas sinalizam? Bem, comecemos do início.


2.1- O que você pode descobrir?

Se ela está fechada aos homens, então já pode ser riscada da lista. Observe e perceberá que os que ousarem abordá-la serão enxotados.

Para conseguir essa informação valiosa, você usará alguns sinais de linguagem corporal.


2.1.1- Linguagem corporal: Não é orientada ao objeto, mas é muito eficiente

Sinais que indicam se uma mulher está disponível e disposta:

a) Jogar a cabeça para traz e sacudir o cabelo
b) Lábios úmidos e boca levemente aberta (os lábios podem estar úmidos com cosméticos ou com a própria saliva)
c) Tocar-se: Alisar lentamente coxa, pescoço ou garganta
d) Quebrar o pulso e/ou expor os pulsos
e) Requebrar o quadril
f) Se sentada: Pernas juntas e colocadas de lado e/ou cruzar e descruzar lentamente as pernas e/ou alisar a coxa

Essas informações podem ajudar. Não são regras, mas pra quem não sabia nada já é um bom começo.


2.1.2- Então quem eu devo abordar?

Você agora já pode lançar seus palpites sobre quem está disponível e disposta a alguma contato mais íntimo, mas como saber se ela quer que esse contato seja com você?

Como já foi dito, não é o homem quem deve dar o primeiro passo. Em tese ele deveria apenas observar os sinais que as mulheres passam e só então abordar as que já os deram sinal verde.


2.1.3- Mas primeiro: Como, exatamente, as mulheres dão o primeiro passo?

Olhando. Se ela estiver interessada vai te olhar até que você perceba. Então fique esperto e observe bem todas as garotas ao seu redor. Mas faça sutilmente, não vá levar um binóculo para a balada, muito menos pendurar um indicador de fumaça laranja nas possíveis pretendentes. Isso só acontece nos filmes da guerra do Vietnã.

Não durma em serviço, se ela olhar algumas vezes e você não perceber então já era.

Quando perceber que ela está olhando, olhe de volta. Ela manterá o olhar por uns 3 ou 4 segundos. Não desvie o olhar e espere até que ela o desvie para baixo. E em seguida saia de onde está e vá falar com ela.

Isso é o primeiro passo para mostrar que você “comanda” (O que é uma mentira, se ela não quiser nada, nada acontece. Quem manda na verdade é ela).

Bem, agora você sabe que ela tem interesse por você. Volta e meia olhe para ela e fique atento para os seguintes sinais:

Possível sinal 1: Veja se ela não está olhando de lado com as sobrancelhas levemente erguidas. Fazendo isso ela quer alargar os olhos e deixar o rosto mais infantil.

Possível sinal 2
: Esse é mais claro. Ela dá um sorrisinho mostrando os dentes e desvia o olhar. Esse é o sinal verde definitivo para abordagem.

Mas fique atento: Em ambos os casos observe se ela está com os pés (um ou os dois) ou o corpo todo apontado na sua direção e certifique-se que você também faz o mesmo.
Esse foi o primeiro passo e foi ela quem deu.


3- O segundo passo

Agora você terá que observar os sinais que dizem que ela sabe que você percebeu e quer seguir em frente. Fique atento para a manifestação de um ou mais desses sinais:

a) Se sentada ela fica ereta para destacar os seios e cruza as pernas ou tornozelos
b) Se estiver em pé (no caso de uma balada) ela requebra os quadris e inclina a cabeça na direção de um dos ombros para mostrar o pescoço.
c) Mexe no cabelo durante alguns segundos
d) Passa a língua nos lábios, mexe no cabelo e ajeita a roupa


E como você deve se portar? Universalmente os homens fazem o seguinte:

a) Ficam eretos. Estomago para dentro, peito para fora. Ajeitam a roupa. Passam a mão no cabelo e, por fim, enfiam os polegares no bolso ou cinto.

Durante esse ritual ambos têm os pés ou corpo inteiro apontado um para o outro.


4- O terceiro passo: Chegar e falar qualquer coisa

Se ela respeitou as etapas seguinte então, agora, você pode entrar em cena. Essa é a hora tida como a mais complicada, e dá aos homens a errada ilusão de que deram o primeiro passo.

Desde que você não faça nada muito idiota, a partir desse ponto, suas chances de obter sucesso são grandes.

Bote um sorriso na cara e caminhe na direção dela, estenda a mão direita e espere que ela faça o mesmo (se estiver com um copo na mão direita vai ter que usar outra estratégia). Aproxime o rosto para falar alguma coisa. Ao mesmo tempo leve sua mão esquerda e toque o cotovelo direito dela. Segure por uns 3 segundos. (E não se esqueça do sorriso).

Evite frases como “Sabia que você é linda?”. Prefira as do tipo “Qual é seu nome?” ou “A gente já se conhece?”. Isso é só pra quebrar o gelo.

Apresente-se. Para sustentar a conversa, evite frases que tenham como resposta apenas as palavras sim ou não. Ao invés de perguntar “Você é daqui mesmo?”, pergunte: “O que você faz aqui em nome-da-cidade?”


4.1- O que e como falar

A essa altura do campeonato vocês dois sabem muito bem qual a intenção da conversa. Você não está ali para jogar ludo, todavia não cometa o erro de verbalizar o que te motivou a estar ali. Dizer a uma mulher suas vontades, por mais aparentes que sejam, é um insulto a honra delas. (Leia aqui também “Como se declarar a uma pessoa: Enfiando a própria cabeça na guilhotina”)

Olhe nos olhos e nunca desvie o olhar antes de ela o fazer. Isso tem resultados impressionantes.

Não peça ou sugira nada. Tenha em mãos todo roteiro. Seja autêntico e use as palavras certas. Não faça nada que mostre indecisão ou insegurança. Mostre o que você é, desde que não seja uma bicha aprisionada no corpo de um homem. Pergunte o que realmente tem curiosidade, comente o que realmente te desperta vontade.


4.2 Mas da ultima vez que mostrei o que eu era de verdade ela me chutou =/

Tadinho. Não era pra menos, você se comportou como uma bicha. O que esperava que acontecesse? Que ela dissesse “Ow Jack” e te beijasse enquanto você afundava no Atlântico norte?

Existe um homem perdido dentro de você em algum lugar entre seu cérebro e tornozelos. Ele é decidido, não exita no que fala. Um pilar. Diz coisas engraçadas, mas não se derrete de rir com as próprias piadas.

Assim com um cachorro sabe nadar sem nunca ter entrado numa piscina, você sabe ser macho sem nunca ter precisado ser um.


5- O quarto passo: Você precisa esperar até aqui para dar o cheque mate

Durante a conversa observe se ela continua com um ou ambos os pés apontados para você e se não manifesta gestos de desagrado (como braços cruzados).

Observe seus pulsos, veja se ela os mostra constantemente. Se leva a mão no cabelo. Bla, bla, bla.

Se tudo indica que as coisas estão indo bem, fique atento a um possível toque aparentemente acidental. Ela tentará tocar seu braço ou mão.

E acontecerá de novo. Ela tocar-te-á outra vez para mostrar que o toque anterior não foi acidental. Agora você tem o passe para avançar. Se preferir leve-a para um lugar mais calmo.

Numa balada vocês, provavelmente, terão que se aproximar toda vez que forem falar alguma coisa um com o outro, então, aproxime sua cabeça, toque de novo o cotovelo dela e diga alguma coisa do tipo: “Vamos para ali, aqui está muito barulhento”. E já mexa o corpo como que “se preparando” para sair dali. NUNCA diga: “O QUE VOCÊ ACHA de irmos para aquele canto? Aqui está muito barulhento”.

Ir para um lugar mais calmo é uma boa estratégia. Tentar beijá-la no meio de loucos pulando pode te arrancar algum dente. E se ela o engolir você terá que esperar até o dia seguinte para reimplantá-lo.

Quando chegarem ao destino, você deverá ser mais rápido. Não enrole a conversa, e use alguns olhares penetrantes tentando evidenciar um “clima”. “NUNCA diga: POSSO te dar um beijo?”. Isso arruinaria tudo no melhor estilo Mith Busters.



6- Algumas verdades

Para quem não tem uma vida social ativa, abordar uma mulher é estressante. As veias do pescoço parecem querer explodir. O corpo perde alguns movimentos. O pescoço trava, a dicção é afetada.

Mas antes de ser um homem ansioso, você é um macaco. Seu instinto sustentar-te-á quando suas pernas não mais conseguirem. Um soldado em sua prova de fogo travaria em pânico se não fosse o instinto de viver e o condicionamento criado pelo treinamento. Enquanto trocam tiros, internamente, os soldados estão paralisados e mesmo assim fazem o que deve ser feito.

Abordar uma mulher sem que ela tenha manifestado interesse por você é uma loteria. Se você se parecer com algum personagem do High School Musical suas chances serão maiores, mas ainda sim serão apenas chutes. A maior parte do poder está nas mãos delas. Emocionalmente elas são muito mais atentas e inteligentes. Se naturalmente elas não sentiram atração por você então terás que ser bastante criativo se quiser despertar curiosidade nelas.

Ter a capacidade de se relacionar com pessoas é um hábito saudável. Se sua vontade é encontrar alguém com quem viverá o resto da vida então precisa escolher muito bem. Quem não se sente seguro para isso acaba se agarrando a primeira pessoa que aparece e não solta nunca mais. Eles podem até ser felizes, mas poderiam ser ainda mais se tivessem tido a opção de escolher.

Existem muitas maneiras de aprender, mas errar ainda é a mais eficiente. Um pouco de estudo entre um erro e outro pode reduzir o tempo de aprendizagem pela metade.

Hasta o/

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Como se declarar a uma pessoa: Enfiando a própria cabeça na guilhotina

Eu cruzo por uma garota e “aquilo” acontece de novo. Diferentemente de um computador nós não precisamos de muito tempo para processar. Atração a primeira vista é tão comum quanto uma moeda de 1 real.

Mesmo assim, ainda é difícil prever se aquela sensação vai se alimentar e crescer, ou minguar até acabar, só é fácil de perceber a tendência de que quanto menor for sua auto-estima e a oferta de opções maiores serão as chances dessa atração se alimentar e virar um Tiranossauro Rex, insano e com uma mordida séptica, igual no filme do Spielberg.

Suponhamos que você a veja todos os dias, e que em um mês seus sentimentos já tenham se tornado um inconveniente Velociraptor. Hum, a partir daí é difícil parar, e tende a ficar mais forte a cada dia. Em 4 ou 5 meses estará mais forte que a Joana Prado.
O que surge?

R.: Uma sensação de querer que ela sinta o mesmo por você. Seria perfeito, não é?

Ora bolas (coça a cabeça), sendo assim, vou dizer a ela o que eu sinto, ela vai se sentir lisonjeada, afinal de contas, eu me sentiria assim se ela fizesse o mesmo por mim.

Você tentou se aproximar todos esses meses, conversas no refeitório e na droga do MSN.

Então, você planeja a conversa e a ensaia centenas de vezes (usando seu boneco do Naruto no lugar dela). Espera a hora certa e diz o que tem a dizer.

E a resposta dela?

“_Nossa, sabia que eu sempre senti o mesmo por você???”

Bem, se ela estiver encalhada desde a revolução industrial da Inglaterra é provável que você vá ouvir essa resposta. O que mesmo assim será mentira, porque ela nunca sentiu metade do que você sente por ela. Mas se ela estivesse a tanto tempo encalhada provavelmente teria auto-estima baixa e seria (ou acreditaria ser) desprivilegiada esteticamente, logo, você não sentiria essa “mágica” que sente por ela.

Ou quem sabe você seja um deus grego, com sorte sentirá até um pouquinho de sinceridade da parte dela. Mas, partindo do princípio que um deus grego não ficaria mais de 6 meses idealizando o amor de uma única mulher, tudo leva a crer que você não ouvirá da boca dela nada do que gostaria.

A verdadeira resposta que você (já ouviu ou) ouvirá é:

R.: “_Não quero te magoar, mas te vejo só como amigo” (com essa cara: =/)

Ou pior, digamos que durante os meses em que o dinossaurinho crescia você a tenha consolado enquanto ela se queixava de alguma frustração amorosa. Você jurava que dizer coisas confortantes para ela aproximaria vocês, não é? Sendo assim a resposta multa-se para sua variação jamaicana.

R.: “_Fulano, eu te vejo como um irmão”. Com uma cara de susto bem fingida. Oo’

E você não entende. Coça a cabeça e faz a mesma cara que fazia nas aulas de matemática. Queixo caído, coração partido e de lambuja virou o amiguinho gay da moça que você tanto amava. A NÃO JOSÉ!!! Você acaba de arruinar tudo no melhor estimo Mith Busters. (Todos os dias, ao meio dia, no Discovery Channel)

Se declarar não é dar o primeiro passo. Se ela não quiser, nada acontece. Se declarar é o passo zero. É passar a bola para a mulher, para que ela, se assim preferir, dê o primeiro passo. E esse foi o seu erro.

Para uma mulher dar o primeiro passo causa uma sensação equivalente á assinar a carteira de trabalho de profissional do sexo. (Em outro texto vou contradizer isso, na verdade a mulher dá o primeiro passo em 90% das vezes, mas é inconsciente, então, tratemos como o “primeiro passo” como sendo o “primeiro passo consciente”).

Sem interferência externa um Nerd de idade média precisa tomar 5 tocos para aprender que NUNCA, repetindo: NUNCA se deve contar a uma mulher o que você sente. Ou melhor, nunca se deve dizer a alguém de quem você quer ter mais que uma amizade o que você sente. O mesmo vale para mulheres com relação aos homens.

(...) Permissão para mudar de assunto.

Certa vez vi um documentário sobre a criação em cativeiro de uma ave que não me lembro o nome.

Na natureza esse pássaro se alimenta de insetos pequenos (vivos) e também de larvas (vivas). O bicho não come nada parado (morto). Se uma larva morreu, ela será comida por outro animal, mas nunca por esse pássaro do qual estou falando.

É muito complicado organizar criação de larvas ou de insetos para alimentar qualquer que seja a criação de um animal. É caro mantê-los vivos e é muito difícil obter grandes quantidades dessa comida. Sendo assim, manter uma grande criação de animais que se alimentam de insetos é um grande problema de logística e produção.

A solução encontrada pelos criadores foi alimentá-los com ração industrial. Um quilo desse material custa menos de 1 real, enquanto o da larva deve custar uns 10 (não tenho certeza dessa ultima informação).

Mas isso tem um problema: A ração não se move e o bicho só come coisa que se mexe, é um instinto dele, ele não consegue evitar. E agora?

Solução: Colocaram um agitador embaixo da ração. As bolinhas ficam em cima de uma bandeja que se mexe sem parar. O passarinho vê a ração se mexendo, pensa que ela está viva e come. Otário esse bicho, não é?

Não se sabe por que, mas alguns animais, em algum momento da história, adquiriram esse costume. Só conseguem se alimentar de coisa que demonstrem que estão vivas se mexendo. Seria o desafio? A sensação de que se ele não comer rápido a minhoca vai embora? Ou quem sabe o prazer de matar? (Essa foi só pra apimentar =D).

Mas a galinha, por exemplo, não tem essa atitude. O milho que ela come fica parado. Apesar de também se alimentar de larvas ela não faz questão de que sua comida esteja viva ou se mexendo. Se alguma semente aparecer ela traça também.

Com isso dá pra perceber que esse comportamento não tem um padrão de manifestação. Ele foi adquirido por algumas espécies, por alguma razão, para algumas situações e permanece vivo até hoje.

(...)

Outro bicho que se comporta assim e que você conhece muito bem é o homo sapiens. Uma evolução do chipanzé. Dois braços, duas pernas, bípede, garganta capaz de produzir infinitas combinações de sons. O mais inteligente dos animais que habitam a terra.

Esse chipanzé 2.0 gosta de conquistar larvas que rastejam rápido o suficiente para sumir de seu alcance caso ele não faça alguma coisa rápido.

Se declarar a alguém é o mesmo que estatizar-se. Você se torna uma larva morta.
Ele precisa de insegurança: Será se aquela larva vai me deixar comê-la? Ou será se quando eu for tentar pegá-la ela vai virar uma borboleta e voar pra longe? Têm muitas outras larvas aqui, mas essa parece especialmente gostosa. Tenho que fazer logo! Cada segundo parado só vai prolongar esse desconforto insuportável. Se tiver que morrer, que morra com o suco gástrico, mas do MEU estômago.

Não seja uma semente. O segredo está em mostrar que você se mexe sem parar.

(...)

Se você já foi confundido com amigo para aquela garota, mantenha-a por perto. Uma cicatriz é a melhor maneira de não deixar que você esqueça alguma coisa que não deve fazer. (Quem viu Avatar vai se lembra da história do comandante que foi três vezes para a Nigéria)

Se ela não sentiu interesse por você, muitas outras não sentirão. Então o problema está em você e isso é ótimo.


Alguns pontos de partida para mudança

(Aparente) Confiança-> Invertendo o raciocínio: Seja uma larva que se move. Se aquele pássaro não quiser me comer, outros comerão. É verão e têm toneladas deles espalhados por aí. Mostre que você não é escravo dela e que ela não é sua única opção (mesmo que seja).

Autenticidade-> Você não consegue simular que é autêntico. A única maneira de aparentar autenticidade e sendo definitivamente autêntico. Não se falsificam expressões corporais. Pergunte o que realmente tem curiosidade, diga o que realmente pensa (se for conveniente). Não diga nada com o objetivo de tentar mostrar o que não é verdade.

Mostre o que você realmente é desde que você não seja uma mulher aprisionada em um corpo de homem. Se você não é um homem e tentar mostrar o que você é de verdade, vai fuder com tudo, menos com ela. Descubra e desenvolva o macho adormecido dentro você e só então mostre o que você é (ou se tornou). A autenticidade é mais poderosa do que se pode pensar.

E claro, exercite a masculinidade (que não é a mesma coisa que machismo). O homem e a mulher, nos dias de hoje, podem até ter as mesmas profissões. Mulheres que trabalham na construção civil e homens que lavam a louça e passam a roupa. Não há nada que, fisicamente, impeça uma mulher de fazer o trabalho de um homem ou vice e versa.

Mas emocionalmente o homem e a mulher têm papeis muito diferentes num relacionamento. A fisiologia do homem o torna emocionalmente menos sensível assim como a da mulher a torna mais.

E essas características diferentes são as maiores evidências de que a natureza, categoricamente, evoluiu homem e mulher em rumos diferentes para que eles se completassem perfeitamente.

Exercitar a masculinidade não é bater em uma mulher por dia, mas sim aguçar e evidenciar as características que um homem deve ter para completar uma mulher.

Vença seus medos, desafie-se e torne isso um hábito. Valorize as características que a natureza gentilmente lhe presenteou. Desperte o que você deve de fato ser.

(...)

Existem muitos jeitos de se aprender, mas errar ainda é o mais eficiente. Um pouco de estudo entre um erro e outro pode reduzir o tempo de aprendizagem pela metade.

Hasta! o/

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Merecimento: A lógica torta com que a natureza congratula os melhores

Antes leia: ”O Modafinil na minha vida – Meu ultimo grande amor foi uma pílula de antidepressivo”

Ter usado o modafinil me levantou uma questão intrigante. Vamos assumir hipóteses e exagerar um pouco nos extremos pra ficar mais claro.

Suponhamos que eu pudesse fazer de mim dois Brunos: Bruno_1, hiperativo e desconcertado e Bruno_2 estudioso e workaholic.

O Bruno_2 poderia trabalhar por horas ininterruptamente, pois o trabalho não era um problema, pelo contrário, ele lhe causava um grande prazer.

Já o Bruno_1 tinha grandes dificuldades para se concentrar. Era um flagelo suportar estudar, mesmo que por uma única hora. Ele tinha que parar a cada 40 minutos para esfriar a cabeça. Produzia pouco durante o dia e a noite, quando chegava em casa, só queria saber de descansar.

Enquanto isso o Bruno_2 continua de pau dentro. Trabalhando como uma locomotiva. Feliz da vida.

Quarenta anos depois, o seguinte pode ser observado: Bruno_1 teve uma carreira simples, nada de muito reconhecimento. Já o Bruno_2, ganhou uma série de premiações e bastante reconhecimento em função de suas conquistas.

É claro que pessoas que fizeram coisas importantes têm que ser premiadas.

Independentemente de qualquer merda, o significado de seu trabalho é absoluto e deve ser reconhecido. No entanto é inaceitável observar de maneira errada a origem destes acontecimentos.

Daí vem a questão que eu quero tratar: Quem é o mais esforçado entre esses dois indivíduos?

Resposta: Os dois são igualmente esforçados!

As pessoas tratam grandes conquistas exclusivamente como resultado de um esforço proporcional. Mas não é só de esforço que se faz uma conquista.

Essa é uma questão delicada, não quero aqui tirar o mérito de ninguém que “venceu na vida apesar de tudo”, só quero levantar uma questão filosófica que não deve ser considerada absoluta, mas sim uma parcela da verdade.

Para que entendamos melhor, tiremos da nossa análise “pontos muito fora da curva”. Pessoas excepcionais como Newton e Airton Senna assim pessoas que tiveram pouco sucesso na vida, como moradores de países muito pobres, serão retirados da nossa análise.

Consideremos apenas estudantes de uma mesma universidade, de um mesmo curso e de mesma idade e que estejam minimamente comprometidos com os estudos. Vagabundos farrentos também saem da nossa colocação.

Mesmo reduzindo nosso campo de observação a limites pequenos, há grandes variações entre pessoas dentro desse espaço amostral. Digo: há possibilidades de algum deles ganhar um Nobel e do outro ter um emprego meia boca pelo resto da vida.

Acredito que as pessoas dentro dessa amostra têm praticamente a mesma garra, mas as dificuldades encontradas por elas para fazer as mesmas tarefas são diferentes, o que faz com que uns e se destaquem mais e outros menos.

A natureza presenteia as pessoas com o cérebro. Uma loteria genética. Não é a auto-cobrança que faz alguém se dedicar, ela só atrapalha. Mesmo dentre os piores alunos existem indivíduos que se cobram tanto ou mais que os melhores.

Eu vivi na pele os dois caras. O Bruno_2 durou menos de uma semana. O efeito do modafinil caiu bastante.

Hoje estou bem, mas me senti excepcional por alguns dias. Provavelmente é assim que os excepcionais se sentem.

Para mim seria fácil e prazeroso formar com louvor se o Bruno_2 continuasse vivo pelo resto da minha vida, mas agora que ele está moribundo, serei só mais um média 7.5.

A minha determinação continuou a mesma, isso é uma característica muito profunda de uma pessoa, os remédios ainda não podem agir nesse sentido. Mas fazer qualquer coisa se tornou mais saboroso quando o Bruno_2 ainda estava por aqui.

Minha auto estima voltou para seu sono eterno no pré-sal mesmo depois de eu deliberadamente ter dobrado a dose do modafinil.

He’s gonne.

Hasta o/

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O Modafinil na minha vida – Meu ultimo grande amor foi uma pílula de antidepressivo

Eu sou hiperativo desde o dia em que deixei os testículos do meu pai. Só deus sabe o tédio que é ficar 9 meses na barriga de alguém.

Comecei a me tratar desta moléstia quando tinha 16 anos, evoluí bastante, mas, apesar disso, sempre percebi que a medição (Metilfenidato) tinha pouco efeito sobre mim e que minha melhora havia acontecido por insistência mesmo. Mas mesmo tendo evoluído consideravelmente eu tinha grandes dificuldades para estudar e ficar fazendo coisas monótonas mesmo por pouco tempo. Ler me causava um desconforto absurdo e eu evitava sempre que podia.

Dentre todos os sintomas da hiperatividade, o que mais me atrapalhava era a falta de concentração e de animação para fazer coisas que não fossem muito excitantes.

Outra coisa me incomodava: eu sempre tive muito sono durante o dia, mas sempre tratei isso como um problema isolado. Uma indisposição e preguiça que destruía minha auto-estima. Sempre pensei que isso era frescura e que eu deveria ter apanhado mais pra aprender a acordar cedo e ter mais disciplina para estudar.

Coincidentemente o medicamento para hiperatividade acabou me ajudando com o sono, ele tem efeitos parecidos com os da anfetamina e isso me deixava acesão por umas 4 horas. No entanto tive que parar o tratamento, pois o metilfenidato também é um estimulante que em alguns casos deixa você mais hiperativo.

No fim das contas nunca respondi muito bem a esse tratamento para hiperatividade e o que o prolongou nem foi seu efeito principal, mas sim sua reação adversa, que tinha o poder de me deixar acordado. Usei mais um ano e parei definitivamente.

O sono voltou e minha auto estima foi morar com os tatus. Então ha algumas semanas dei um ultimato em meu psiquiatra: “Preciso de alguma coisa para ficar acordado, não agüento mais essa merda”.

Depois de alguns exames concluíram que eu tinha “hipersonia diurna”. Bom, fiquei até mais tranqüilo em descobrir que o nome do meu problema não era viadagem.

Então ele me receitou um medicamento que ele disse ser bastante moderno e que é originalmente usado no tratamento do narcolepsia (episódios de sono incontroláveis durante o dia com perda de tônus muscular).

Eu não nego um bom remédio. Tarjas preta então são meus preferidos.

Essa droga que poderia resolver minha vida se chama Modafinil.

No primeiro dia em que tomei a pílula eu ainda não sabia como era seu efeito. Era domingo (dia de acordar tarde), e eu havia ido pra cama a meia noite de sábado. Acordei as 4 da tarde, o que é uma raridade, comumente acordo entre as 7 e as 8 da noite.

Tomei 100 mg do modafinil logo que acordei. Não senti muita coisa diferente a não ser muita ansiedade.

O dia acabou e eu fui dormir cedo, mesmo tendo acordado as 4.

Mas às três horas da manhã eu acordei. E não consegui dormir mais. Eu não podia acreditar que aquela merda de remédio tinha todo esse poder.

Fiquei no computador até as 5 da matina, tomei um banho e às 6 fui pra universidade.
Então uma coisa ainda mais surpreendente aconteceu quando voltei a trabalhar na minha dissertação: Meu desconforto para ler havia desaparecido. Eu podia estudar por horas e isso até me dava até um pouco de prazer.

Pensei: Peraí. Essa porra é pra me deixar acordado ou pra me deixar concentrado?
Uma visita ao Google e vi que o modafinil era usado em casos onde o metilfenidato não resolvia. Bingo!

Os sintomas de hiperatividade haviam sumido junto com o sono. No mesmo dia senti uma vontade enorme de arrumar todo o meu quarto. Encaixotei toda a bagunça, coloquei etiquetas, dobrei todas as roupas. Uma paciência digna do mestre Ioda.

Trabalhei o dia todo freneticamente. Eu não tinha palavras pra descrever o que aquela pílula poderia fazer por minha vida. A única causa da minha baixa auto-estima era o fato de eu não conseguir estudar e me dedicar como eu gostaria e aquele comprimido tinha resolvido meu problema. Ler e estudar haviam se tornado incrivelmente saborosos.

Nesse dia eu me senti o cara mais foda do mundo. Fui tomado por uma sensação de que eu podia dominar o universo e que ninguém poderia me segurar.

Apesar disso eu sentia uma ansiedade muito grande durante o período de efeito do remédio. Eu queria ver se essa ansiedade era normal então liguei para meu médico e ele me esclareceu dizendo que fazia parte do início do tratamento, minha cabeça estava se adaptando.

Nos dias seguintes meu rendimento continuou espetacular. Oficialmente eu poderia ser chamado de workaholic.

Eu tinha realizado meu maior sonho!

Continua em: "Merecimento: A lógica torta com que a natureza congratula os melhores"

Hasta o/

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A beleza – Minhas colocações sobre esse trem

Beleza. Tá aí uma coisa que me deixa encucado.

Beleza é aquilo que agrada aos olhos do observador. Não é facultativo, se você nasceu para achar alguma coisa bonita, ela será e pronto. Você não tem controle.
Amores à primeira vista acontecem por causa da beleza.

“Ó deus, não sei o que ela tem, mas fico louco quando a vejo”

Com certeza a bundinha contribuiu mais do que o fato de ela ter graduado com louvor.
Toda a razão do homo sapiens vai por água a baixo quando vê um “bom” exemplar do sexo oposto. Um instinto toma conta do único ser tido como racional.

Eu, particularmente, sou um amante da beleza.

No início eu achava que, filosoficamente, era errado gostar de beleza (não que isso tenha interferido em alguma coisa). Que o prazer no observador vinculado ao belo era um “apêndice” em se tratando de evolução.

Sim, um apêndice, esse mesmo que tem na nossa pança. Ha milhares de anos ele tinha utilidade. Hoje só serve pra dar problema.

Quando alguma coisa é fundamental para a sobrevivência da espécie, a natureza logo se incumbe de vincular prazer a essa “coisa”. É assim com o sexo e com o ato de comer, sem os quais população nenhuma existiria.

Acho que essa nossa ligação com a aparência externa deve ter sido crucial para a sobrevivência de algum antepassado. No entanto, mesmo não tendo mais função aparente, está em nós até hoje.

Quanto ao motivo pelo qual a natureza vinculou prazer e beleza eu ainda tenho algumas observações:

1- Suponhamos que o tal vínculo venha de um motivo evolutivo e que de alguma maneira tenha sido importante na evolução de alguma espécie

2- Dentro de uma mesma espécie um “bom exemplar será sempre um bom exemplar”, ou seja, se Fulano é absolutamente perfeito para servir de matriz pra procriação da espécie, então ele é bom ponto final.

3- Se forem verdadeiras as duas considerações anteriores, então a natureza deveria vincular em todos os membros da mesma espécie de Fulano, um prazer ao observá-lo, de maneira que causasse vontade de tê-lo como parceiro. Isso garantiria a boa linhagem de seus filhos. E todas as características inferiores às de Fulano deveriam causar desconforto (seria feio, em outras palavras)

4- Mas... por que as pessoas tem gostos diferentes?

Bem, a explicação que eu acho ser verdadeira é a seguinte: Como essa merda não tinha mais utilidade ela sofreu mutações involuntárias durante os tempos, o que é natural. Entretanto a natureza não se preocupou em reajustar tais mutações por que já não tinha mais utilidade mesmo. Virou a cara e apertou o foda-se.

É por isso que aquele amigo seu gosta de gordinha. Aquele outro gosta de baixinha da perna grossa. E o outro gosta das magrinhas.

Nenhum deles quer escolher a mulher que os dará melhores filhos. Só querem satisfazer a vontade do apêndice.

O que há de mais importante a se concluir é que é muito difícil (ou impossível) controlar essa vontade louca de querer ter pessoas atraentes ao seu lado.

Mas isso não é motivo para que você se torne um macaco incapaz de raciocinar.

A aparência de uma pessoa mostra uma tendência do que poderá ser sua personalidade. Vale lembrar que, nesse caso, não me referi exclusivamente à beleza, mas sim a tudo que pode ser percebido num olhar externo.

O cérebro é uma ferramenta estatística poderosa, que, apesar de acertar mais de 50% das vezes, também erra (é daí que surge o que chamam de “pré-conceito”). Ele tenta estabelecer padrões entre a “aparência externa” e suas “características internas”. Isso é fabuloso.

Então não é de se espantar que pessoas de comportamentos e atitudes parecidas tenham, possivelmente, personalidades parecidas.

Se você tem predisposição a se apaixonar por um tipo de perfil que você já percebeu que não presta, trate de ordenar à sua cabeça uma mudança.

Ou não venha choramingar que os homens são todos vagabundos ou que as mulheres são todas putas.

Hasta o/

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Esses romances lazarentos ¬¬

Tenho que parar de ver esse filmes de romance que aparecem em cartaz. Essas histórias de amores impossíveis me tocam e fico inspirado a tentar viver a minha própria.

E toda vez é a mesma coisa. Ao sair do filme eu passo na mesma loja de presentes que há no shopping. É uma loja de um japonês que mais parece o laboratório do “Magáiver” (não vou me dar ao trabalho de pesquisar no Google como se escreve essa droga de nome, sendo assim, vai no português fonético mesmo!)

Como eu disse, tem de tudo na loja desse japa. Mas o que sempre me leva lá nessas situações são os chaveirinhos e pingentes “de namorados”. Tem de uma porção de modelos, mas o princípio é o mesmo: Ele é bipartido. Você quebra no meio, fica com uma parte e dá a outra para a sua namorada.

Não sei exatamente por que, mas acho essa tirada muito interessante. Penso que seria legal dar isso para namorada. Nunca comprei um, mas, mesmo solteiro, tenho muita vontade. Talvez sirva de motivação para tirar a cara do meio desses livros e sair de casa.

O filme que assisti hoje foi “O amor pede passagem” é o que chamaria de “sem pé nem cabeça” (footless, headless).

No início a história é extremamente descontinuada. O diretor tem dificuldades de convencer que aquelas situações poderiam, de fato, acontecer. Que num caso real as pessoas se comportariam daquela maneira.

Aliás, tem horas que o diretor parece nem se dar ao trabalho de convencer ninguém de nada. Ele apertou o “foda-se” e botou pra derreter.

Do meio pro fim o Tegretol da produção voltou à dose normal e o filme toma um rumo mais lógico (lê-se: voltou a ser pelo menos clichê, pois antes ele era uma coisa amorfa).

Mas romance de temporada de verão é romance de temporada de verão. O casalzinho se conhece no início, passa o filme numa fase turbulenta e no fim dá tudo certo, eles se beijam, os créditos aparecem e você vê que a produção tinha quinze pessoas. Isso por que o câmera também era diretor de fotografia.

Uma coisa especialmente interessante foi a evolução do mocinho. E é sobre isso que eu quero comentar. Antes ele era um idiota, palavra o define muito bem, e depois de passar pelas frustrações amorosas no desenrolar do filme, se tornou claramente mais maduro.

É claro que isso leva tempo e apesar da esquizofrenia do diretor de continuidade, ele soube mostrar com destreza as etapas existentes entre um Mané e um Garanhão.
Sorte a dele (do mocinho) ter usado a confiança adquirida para, no final, conquistar a mocinha de jeito.

Quase sempre essa confiança só serve para nos deixar com uma falsa sensação de amor próprio que só nos encoraja a desistir.

“Eu não preciso dela para viver”

Bem, se não precisasse de verdade não teria colado um cartaz com essa mensagem dentro do seu guarda roupa. Se tem tanto trabalho para provar a si mesmo, é por que nunca acreditou.

É isso.

Acho que amanhã vou comprar um daqueles chaveiros. Pendurar na janela do meu quarto junto com as fotos das minhas cachorras (e da Rachel McAdams). Acho que vai ser o suficiente.

São medidas emergenciais, tenho muita coisa pra terminar na minha dissertação. Quem não tem cão, caça com espingarda.

Hasta o/

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O cachorro do cinema

Hoje quando saí do cinema, ainda no estacionamento do shopping, cruzei com um cachorro que andava por ali.

Gosto muito de animais e logo comecei a estalar os dedos para ver se ele vinha até mim. No entanto, ele parecia um pouco eufórico, elétrico. Lembrava a mim nas minhas piores fases de hiperatividade. Corria de um ponto ao outro. Parecia nem me notar tamanha a concentração que aplicava na sua maratona sem rumo.

Não sei o que há nos cachorros dessa cidade, mas todos são muito ariscos. No antigo lugar que eu morava os cachorros sempre me atendiam. Um estalo de dedos e nós já éramos amigos.

Então o animalzinho saiu correndo para outra direção até o momento em que não o vi mais.

Como o filme acabou muito tarde, as portarias principais estavam fechadas, tive andar muito dentro do shopping para conseguir encontrar uma saída. Saí pela portaria exatamente do lado oposto ao meu apartamento.

Durante a volta para casa, contornei todo o shopping e passei inclusive pela portaria que eu costumava sair, que obviamente estava fechada.

Ao passar por esse ponto o cachorrinho apareceu correndo aparentemente sem rumo, como parecia ser seu costume. Pensei que ele pudesse estar me seguindo, mas não tinha certeza, pois como disse, ele não andava paralelo a mim, mas sim em círculos ou qualquer outro tipo de trajetória irregular.

Ele vinha correndo, me ultrapassava, avançava uns cinco ou seis metros e parava para cheirar alguma coisa. Como eu continuava andando ele acabava ficando para trás.

Quando eu me distanciava uns cinco metros dele, o bicho voltava a correr, me ultrapassava e novamente parava para cheirar outra coisa. E assim foi.

Eu pensei: “Que cachorro intrigante”. Como eu não tenho nada de útil para pensar durante caminhadas, me ocupei filosofando sobre a mente do cachorrinho. Primeiro eu queria entender se ele estava me seguindo ou coincidentemente estava passando pelo mesmo caminho que eu.

Na engenharia é comum usar analogias para facilitar o cálculo de alguma coisa. Se você quer calcular a perda de energia da água ao atravessar um tubo, pode fazê-lo partindo do princípio que o atrito da água com o tubo é equivalente à resistência elétrica. O conceito de resistor é muito conhecido e isso facilita a formulação de um método de solução do problema.

Sendo assim, resolvi aplicar essa “técnica” com o cachorrinho.
“Se uma mulher estivesse no lugar daquele animal, se comportando como tal, ela estaria ou não me seguindo?”

Dessa maneira as coisas ficaram mais táteis.

Eu só não conseguia entender por que a todo o momento que eu tentava tocá-lo ele esquivava. Deu-se ao trabalho de me acompanhar e ainda sim tem medo de mim? Parecia estar com receio. Ou quem sabe, voltando a analogia, ele fosse o equivalente a uma mulher fazendo charminho.

Quando menos esperava, eu já estava próximo ao meu apartamento. O cachorro estava uns 10 metros a minha frente. Quando entrei na escada que dá na portaria do meu prédio, o bichinho percebeu, levantou a cabeça e as orelhas e voltou correndo. Eu não esperava aquilo.

Eu disse ao porteiro: Mas que interessante! Ele me seguiu até aqui! E eu não sei por que.

Nisso o bicho veio subindo as escadas na minha direção enquanto o porteiro tentava espantá-lo aos gritos. Ele tentou três vezes. Quando ouvia a voz do porteiro, descia alguns degraus, e voltava. Até que desistiu. Aquilo partiu meu coração.

Não sei o que ele viu em mim, mas se pudesse chutar, diria que é pelo mesmo motivo que as crianças gostam de ficar olhando na minha cara. Motivo este que eu também não encontrei explicação. Foi só uma intuição. Duas coisas igualmente excêntricas podem perfeitamente ter a mesma causa.

Minha mãe diz que eu sou “Abençoado”. Não acredito nessas coisas, todavia, nunca achei outro tipo de explicação. Se não posso contradizer, isso faz de mim um concordante, indignado.

No fim das contas ainda me dei ao trabalho de pensar sobre essa questão: Por que ele parecia me ignorar e ainda sim queria estar perto de mim?

Sabe... acho que esse era o jeito dele.

Hasta! o/

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